Ele está com uma amarga pneumonia e com um excesso de secreção que está difícil administrar.
De nossa parte, estamos gastando sem parar, mas, tratando há 3 dias, os antibióticos ainda não fizeram efeito. Olhamos para esse pequeno Ser e nos sentimos mais pequenos que ele pois não conseguimos cura-lo rapidamente. Ali fica claro o quão sutil é a linha da vida, principalmente a de um bebê de 8 meses..Temos dó, medo (já tinha me esquecido dessa sensação), desconforto, no entanto, nossa premissa é que nós é que partiremos primeiro..
Estou sem dormir e trabalho roboticamente.
Da parte dele, parece que tudo continua azul. Há momentos em que a coriza não o ataca tanto e ele engatinha rindo. É um guerreiro como tantas outras crianças cujo organismo, ainda não corrompido, impõe a sua existência..
Nesse momento penso nas crianças debaixo da ponte, aquelas que fingimos que não existem, quando isso acontece à elas, como conseguem a cura?. Bem, um dia me disseram que Deus vela primeiramente pelos pobres e se isso for verdade, ficarei feliz. Todavia eu sei, no meu íntimo, que ele também socorre aos egoístas que não sabem o que fazer....
me pergunto todo dia como não ser egoista?
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