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domingo, 31 de julho de 2011

Entre a infância, adolescência e a maturidade. o que acontece?

Vivemos a resina do medo.Alguns adolescentes embriagados, drogados ou delinquentes. Alguns adultos, psicóticos, tiranos ou violentos. Nenhum deles lembrando a graça dos bebês, fofinhos, que já foram um dia.
Parece que algo muito grave aconteceu no intervalo das fases de desenvolvimento, mas o que?
Ninguém nasce bom ou mal. Então, será que bebês são tabulas rasas ou folha de papel em branco?
Nesse caso, eles irão aprender com os mais velhos e irão aprender até coisas como afeto e amor. A experiência é imprescindível para eles. É o que possibilitará o "vir a ser"..
Mas, todas as pessoas más, tiveram experiências más?
Não tenho como saber isso, porém, podem ter tido a falta de experiência boa..
Em algum momento, ou em vários momentos, creio que não houve colo.
Bebês são mamíferos naturalmente egoístas e gostam de ser atendidos com exclusividade.
Muitos atributos dos pais, em excesso, como a super-proteção, podem provocar transtornos, mas não é o caso do colo. Pegar no colo nunca é demais. Metaforicamente, adultos também adoram ser carregados em colos serenos.
Creio que o problema começa, quando adolescentes, esses bebês, desistem de pedir colo e seguem a vida acreditando que não precisam mais dele.
Tela: As meninas, de Renoir

terça-feira, 26 de julho de 2011

O mundo dentro dos olhos

Corre ali e se depara com o círculo vermelho
Corre ali e tenta subir no triangular azul, com luzes brancas piscando
Corre ali e sobe na grade esférica amarela, verde e vermelha
Corre e para, corre e sobe
Tem um mundo gigante ali
O mundo que lhe fascina os olhos
Olhos redondos, castanhos e brilhantes, que toca tudo antes de suas mãos
Viu tudo, mas não demorou a descobrir o quadrado,
Saiu dali.. 
E adorou as luzes piscando

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Poesia para ninar..

Eu estava procurando um livro infantil para ler para ele. Não encontrei nenhum. Nessa casa, fazia tempo que não havia crianças. Outro dia, eu tinha ido na reunião de pais e mestres, da 3a série do Ensino Fundamental, do Caio, mas isso já tem 6 anos.
Como não encontrei um belo livro de fábulas, resolvi ler um poema de Drummond:

Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 19 de julho de 2011

O corte de cabelo

Hoje foi ele foi, pela primeira vez, na cabeleireira.  Cortou finalmente os excessos dos cabelos.
Pensei que daria um trabalhão, mas eis que fica quietinho para nossa surpresa.
Bebês nem sempre são previsíveis. Por isso, creio que eles estejam mais próximos da natureza do que nós, adultos.
Eu tinha pensado em cortá-lo sozinha, mas, pensei melhor e decidi que se a gente quer algo bem feito, precisamos contratar alguém que realmente entenda do assunto.
Por enquanto, sou sua deusa, sou eu quem escolhe suas roupas, suas marcas de leite e o momento de cortar seus cabelos. Escolho até o horário dele dormir e acordar.
Não obstante, relembrando as caretas, quando vê algumas refeições ou remédios, ou quando não dorme nos horários idealizados, creio que minha divindade não durará muito. Ele já começou a ter algumas de suas próprias escolhas. Talvez, daqui alguns anos, escolha ter cabelos longos.

domingo, 10 de julho de 2011

Minha energia, onde estás que não respondes?

Escuto um abrir de portas, era o paneleiro, lá se vão todas as panelas ao chão. Ouço um novo barulho, lá se vai a gaveta da cômoda, com todas as camisetas que ali estavam, para o chão. O tempo que fico em casa é também o tempo para as coisas cairem no chão e depois eu recuperá-las aos seus devidos lugares..Ele fuça em tudo. Os mistérios de nossa casa já estão se acabando para ele.
Eu teria que ter mais tempo. A gente precisava sair, ir à parques, ou, buscar lugares abertos..Crianças tem naturalmente muita energia e a gente precisa inventar a nossa, afinal somos nós que temos que andar na frente...
Tela de Gauguin, The Swineherd